No último dia 10 de maio, a Sarkis Engenharia Estrutural apresentou no XIV Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas o projeto de reforço do prédio da Sede Administrativa SICREDI Noroeste. O trabalho teve grande repercussão por empregar várias técnicas de recuperação inéditas. O resumo e as fotos mostram a importância do trabalho.

Resumo

Na fase de execução de uma obra para uso comercial, foi detectada a necessidade de reforçar a estrutura devido a inconsistências no projeto estrutural original. A estrutura original foi concebida em laje cogumelo ou laje lisa protendida com pilares circulares com alguns capitéis e vãos variáveis de até 17 metros. O projeto de reforço consistiu em aproveitar o espaço livre até o teto rebaixado, previsto no projeto arquitetônico, para colocar treliças de aço simplesmente apoiadas nos pilares e solidárias com a laje, tipo treliça mista. Dessa forma, foi mobilizada a resistência à compressão do concreto no banzo comprimido. Para o banzo inferior, tracionado, foram projetados cabos protendidos, permitindo, assim, que as treliças fossem leves e compatíveis com o espaço disponível. Ancorados nessas treliças e nas vigas de periferia, foram projetados cabos de protensão que, com desviadores na parte central, aplicavam carga de baixo para cima até compatibilizar as solicitações resultantes com a resistência da estrutura original. Mantas coladas e lâminas inseridas de fibra de carbono foram dimensionadas para completar a necessidade de armadura passiva positiva e negativa, respectivamente. Como foram detectadas, durante os trabalhos, diferenças entre o projeto original e a obra real, optou-se por aplicar prova de carga por regiões da obra, após a conclusão dos reforços. A prova de carga seguiu o critério da ABNT NBR 9607/2019. Os resultados foram monitorados pelo Laboratório de Materiais de Construção Civil da Universidade Federal de Santa Maria e todos os resultados de deformações ficaram bem abaixo dos limites da norma e dos valores teóricos determinados no modelo analisado.



Treliças e fibras de carbono no teto do auditório.